Braga avança com construção de dez habitações sociais para realojamento no Monte de S. Gregório
- BragaHabit
- 5 de ago.
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O Município de Braga deu mais um passo concreto na promoção do direito à habitação com a aprovação da aquisição, por parte da Câmara Municipal, de um terreno que permitirá construir dez casas modulares destinadas ao realojamento das famílias que atualmente residem em condições precárias no Monte de S. Gregório, freguesia de Maximinos.

A medida, concretizada através de uma operação entre a autarquia e a BragaHabit, visa contribuir diretamente para a eliminação de situações de habitação indigna e insalubre, garantindo melhores condições de vida a cerca de 40 pessoas.
Uma solução concreta para um problema antigo
O terreno, situado na Rua dos Paióis, foi adquirido pela BragaHabit em setembro de 2023 ao Colégio de S. Caetano, num investimento de cerca de 690 mil euros, e conta com 3.627 metros quadrados. Neste espaço serão erguidas dez habitações sociais de tipologias T1, T3 e T4, respondendo à diversidade de agregados familiares.
Segundo explicou Carlos Videira, administrador executivo da BragaHabit, este projeto teve início em janeiro de 2022 e foi desenvolvido com base num trabalho de proximidade com os próprios moradores. Durante a reunião do Executivo Municipal:
Acabamos por fazer, assim, face às expetativas das famílias de não as deslocalizar no concelho e de garantir uma proximidade à escola para que os níveis de absentismo diminuam.
Preocupações sobre integração e planeamento
Apesar do reconhecimento da urgência e da importância da medida, os partidos da oposição deixaram alertas durante a votação da proposta. O Partido Socialista, que se absteve, sublinhou a necessidade de uma estratégia de habitação mais abrangente, que evite o risco de criar “guetos” ao concentrar famílias vulneráveis num único espaço.
Há aqui um risco que devia ser acautelado, referiu o vereador Artur Feio, destacando que a solução deve garantir também integração social efetiva. Já a vereadora Sílvia Sousa reforçou a importância de pensar o realojamento de forma estruturada e transversal, acrescentando que os blocos habitacionais,
Não podem ser fechados em si próprios, mas terem uma possibilidade de passagem e circulação.
Também a CDU, que votou favoravelmente, expressou preocupações semelhantes. Nuno Reininho, em substituição do vereador Vítor Rodrigues, defendeu que o processo deve ser célere, mas que não deve prescindir da inclusão.
Integração no tecido urbano existente
Carlos Videira respondeu a estas preocupações referindo que a escolha do local teve em conta o contexto urbano envolvente e o próprio tecido social da zona.
Naquela zona já existem construções que lhes permitirão integrar-se no tecido social.
A decisão de manter as famílias próximas das suas escolas, serviços e redes de apoio reflete uma abordagem que respeita as dinâmicas locais e os vínculos comunitários já existentes, ao mesmo tempo que garante condições dignas de habitação.
Um passo importante, com os olhos no futuro
A construção destas dez habitações modulares representa um compromisso concreto com o combate à habitação indigna, reforçando o papel da BragaHabit e do Município de Braga na promoção de soluções habitacionais acessíveis, humanas e integradoras.
Embora haja ainda desafios e caminhos a ajustar, este projeto marca um avanço relevante para dezenas de pessoas que, em breve, poderão começar um novo capítulo da sua vida; com mais conforto, segurança e dignidade.
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